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CEFET-MG

1º oficina de cocriação sobre inovação e governo aberto na ciência

Segunda-feira, 18 de junho de 2018
Última modificação: Terça-feira, 18 de setembro de 2018

As oficinas de cocriação, coordenadas pela CGU conforme metodologia aprovada pelo GT da sociedade civil e pelo GE-CIGA, são reuniões que contam com a participação paritária de especialistas do governo e da sociedade civil.  Para cada tema, priorizado na primeira fase de elaboração do plano, são realizadas duas oficinas.

Na primeira, os especialistas escolhem três desafios a serem enfrentados. Após essa definição, é aberta consulta para priorização do desafio considerado mais relevante pela sociedade. O desafio selecionado é, então, debatido na segunda oficina de cocriação, na qual será criado o compromisso que irá compor o 4º Plano de Ação, com definição de estratégias, responsáveis, atividades e prazos para sua concretização.

Na primeira etapa das oficinas de cocriação, os especialistas do governo e da sociedade civil escolhem em conjunto três desafios a serem enfrentados. Após essa definição, foi aberta consulta para priorização do desafio considerado mais relevante pela sociedade, entre os dias 30/05 a 14/06.

Desafio priorizado pela sociedade: Aprimorar instrumentos de governança da ciência para o avanço da ciência aberta

Confira como foi a primeira etapa da oficina de cocriação sobre Inovação e governo aberto na ciência.

Data: 29/05/2018

Participantes:

  • Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa: Patrícia Rocha Bello Bertin, Juliana M. Fortaleza, Márcia de O. Cardoso e Adriana Cirstina da Silva
  • Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA: Mariana Greenhalgh
  • Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC: Roberto de Pinho
  • Instituto Brasileiro de Informação em ciência e Tecnologia – IBICT/MCTIC: Washington Luis R de Carvalho e Luana Farias Sales Marques
  • Fiocruz: Vanessa de Arruda Jorge
  • Academia Brasileira de Ciências
  • Open Knowledge: Neide A. D. de Sordi
  • Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação – UnB: Fernando César Leite e Michelli
  • Rede Nacional de ensino e Pesquisa -RNP: Iara Machado e Leandro Ciuffo

 

No primeiro momento, os convidados fizeram uma análise do cenário atual relacionado ao tema. A partir daí foi construído o cenário desejado. Posteriormente foi feita a identificação dos bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado. Por fim, foram selecionados três desafios, dos quais a sociedade poderá priorizar um que será enfrentado por meio de um compromisso que será definido na segunda oficina de cocriação.

Veja o resultado:

CENÁRIO ATUAL
Fomento Padrões Aspectos Regulatórios  Infraestrutura Tecnológica Aspectos sócio-culturais Propriedade intelectual
Avaliação dos Programas de pós graduação não contempla os dados científicos abertos Ausência de padrões de gestão de dados científicos O Decredto 8777/16 não tem abrangência em todas as instituições que produzem pesquisa científica Ausência de uma infraestrutura tecnológica nacional para o compartilhamento dos dados de pesquisa Problematização em relação a questões éticas dos dados Conflito na abertura de dados científicos versus a inovação
Falta de reconhecimento da abertura de dados de pesquisa pelas agências de fomento Falta de consenso de padrões de metadados por área do conhecimento O Decreto 8777/16 oferece o marco legal para dados abertos em instituições públicas de PCD Dificuldades de armazenamento e transferência (download/upload) de grandes datasets (Gb ou TB de dados) Desconhecimento dos benefícios da abertura e do reuso de dados científicos Tensão entre a legislação de transparência x propriedade intelectual
Falta de sensibilidade e conhecimento das agências de fomento e da comunidade de pesquisa A ausência de linguagem comum que propicie interoperabilidade semântica Ausência de um conjunto mínimo de diretrizes, a nível nacional, para orientar a implantação e federal de repositórios de dados Carência de um repositório nacional (portal único) para dados científicos abertos Cultura não favorável ao compartilhamento de dados científicos por área/indivíduos Política de cessão de direitos de autor restritivas (periódicos científicos)
O orçamento para projetos de pesquisa atualmente não prevêem uma fatia do recurso para anter uma infraestrutura de preservação dos dados Necessidade de estabelecimento de metodologias de compartilhamento de dados que atendam os princípios F.A.I.R. Políticas e iniciativas internacionais servem de referência para o Brasil Carência de infraestrutura para armazenamento e tráfego de grande volume de dados Heterogeneidade de práticas, maturidade e demanda por áreas
A metodologia de avaliação da pesquisa (baseada em publicações) não favorece o compartilhamento de dados Ausência de política institucional de dados abertos científicos e por área de conhecimento Disponibilidade de tecnologia open source Baixa conscientização dos níveis de abertura e uso justo dos dados
Existência de investimentos redundantes para coleta de dados (o compartilhamento pode trazer economia de recursos para as FAPs) Falta de um portal nacional para o depósito de dados de pesquisa Deficiência da participação cidadã nas agendas de pesquisa brasileira
Sistema de recompensa dos pesquisadores não incentiva o compartilhamento/abertura de dados Infraestrutura deficitária para análise de dados científicos Avanço do Brasil no acesso aberto à informação científica (periódicos)
Interesse de instituições nacionais em estabelecer uma rede para o armazenamento e preservação de dados de pesquisa Cultura científica de competição
Capacidade analítica reduzida a outros países
Ausência de capacitação para gestão de dados
Participação limitada do cidadão a ciência (ciência cidadã)
Principais atores do sistema científico estão desarticulados
Resistência de pesquisadores em compartilhar os dados, sobretudo para acesso internacional (xenofobia)

 

CENÁRIO DESEJADO
Sensibilização e capacitação Fomento e Avaliação Infraestrutura Tecnológica Governança e Colaboração
Cultura científica favorável aos princípios de abertura de dados científicos Sistemas de avaliação que estimulem a ciência aberta Criação de uma infraestrutura nacional de apoio a ciência aberta federada Existência de políticas institucionais de dados científicos abertos
Realização de eventos para disseminação da ciência aberta Criação de mecanismos de recompensa para compartilhamento e reuso de dados de pesquisa Criação de ferramenta de visualização de dados acoplada a infraestrutura de preservação de dados existentes Adesão as melhores práticas internacionais de compartilhamento de dados abertos científicos
Formação de recursos huamnos para gestão de dados Garantia dos recursos para a gestão de dados de pesquisa Capacidade de processamento e análise de dados ampliada Criação de um consórcio para governança nacional das iniciativas de ciência aberta com representividade de vários atores
Existência de ramo de capacitação em gestão e análise de dados para todos os atores da ciência aberta Criação de indicadores para avaliação de impacto da abertura de dados Serviço e ferramentas de apoio à ciência aberta disponíveis Rede nacional de colaboração para ciência aberta articulada às iniciativas internacionais
Criação de mecanismo de participação do cidadão na ciência aberta Exigência de plano de gestão de dados pelos financiadores de pesquisa Estabelecimento de interoperabiilidade entre iniciativas nacionais e internacionais de compartilhamento de dados Adoção dos princípios F.A.I.R. para abertura de dados científicos
Engajamento da sociedade na construção do conhecimento científico Brasil membro de iniciativas internacionais de padronização de dados (ex; RDA – Research Data Aliance)
Adoção de padrões de comunicação científica aberta que incluam artigos, códigos e dados

 

BLOQUEIOS
Ausência de uma instância de governança da ciência aberta em nível nacional
Sistema de avaliação e recompensa vigente não incentiva o compartilhamento e abertura de dados
Ausência de infraestrutura tecnológica e capacidade de análise em suporte à ciência aberta
Desconhecimento e resistência da comunidade científica brasileira sobre a ciência aberta
Fomento à pesquisa não incentiva a ciência aberta nem apoia as ferramentas que a sustentam
Insucesso na aprovação da lei brasileira de acesso aberto à informação científica

 

DESAFIOS
Aprimorar instrumentos de governança da ciência para o avanço da ciência aberta
Articular um serviço nacional de dados científicos abertos
Estabelecer a rede nacional de colaboração para ciência aberta

 

RESULTADO DA PRIORIZAÇÃO VOTOS
Aprimorar instrumentos de governança da ciência para o avanço da ciência aberta 36
Articular um serviço nacional de dados científicos abertos 33
Estabelecer a rede nacional de colaboração para ciência aberta 35

 

Fonte: Governo Aberto/CGU

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